Na primeira parte do filme conhecemos Hypatia como professora, a ensinar matemática e astronomia aos seus alunos e a tentar solucionar o enigma das órbitas planetárias em torno do Sol. Famosa por guiar a sua vida pelas Ciências e não seguir cegamente uma religião, normalmente não fazia distinções entre os seus alunos, quer fossem Cristãos ou Pagãos, embora, em situações de maior pressão, revelasse algum desdém pelos escravos. Ao não revelar diferenças entre as duas religiões, originou uma situação de um triângulo amoroso, entre o seu escravo Davus e Orestes. No entanto, este aspecto não seria bem explorado, uma vez que a ação principal centra-se no confronto entre as duas principais religiões da região. Na segunda parte do filme, verifica-se novo confronto entre ideiais religiosos, visto que grande parte dos Pagãos se converteram ao Cristianismo, os Cristãos focaram as suas atenções nos Judeus, uma religião emergente.
Ágora viveu para as expectativas de um filme épico, muito simples, perfeito equilíbrio entre a história e a dramatização, onde a sua passagem de escravo a soldado Cristão é uma das imagens que será certamente recordada. A única crítica que se aponta deve-se ao fato de ter ficado por explorar de forma mais profunda o triângulo amoroso entre Hypatia e dois dos seus discípulos. Não seria o aspecto mais dominante num filme de forte componente histórica, religiosa e científica.
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